Capinzal registra saldo negativo na geração de empregos em setembro, mas mantém desempenho positivo no ano
- Jardel Martinazzo
- 31/10/2025 17:24

O mercado de trabalho de Capinzal apresentou retração no mês de setembro, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, dia 30 de outubro. O município registrou 435 admissões e 482 desligamentos, resultando em um saldo negativo de 47 vagas formais no período.
Foi a segunda vez no ano que o município registra saldo negativo, a anterior havia sido no mês de junho (informações podem ser conferidas no link)
Agosto: 439 contratações e 44 demissões (saldo +28)
Julho: 532 contratações e 476 demissões (saldo +56)
Junho: 448 contratações e 476 demissões (saldo -28)
Maio: 489 contratações e 412 demissões (saldo +77)
Abril: 517 contratações e 445 demissões (saldo +71)
Março: 543 contratações e 448 demissões (saldo +95)
Fevereiro: 553 contratações e 481 demissões (saldo +72)
Janeiro: 539 contratações e 478 demissões (saldo +61)
Entre os setores, a indústria foi a mais afetada em setembro, com 256 contratações e 319 demissões, saldo de -54. O comércio também apresentou resultado negativo, com 56 admissões e 64 desligamentos, saldo de -8. Por outro lado, a agropecuária teve saldo positivo de duas vagas, com 24 contratações e 22 demissões. O setor de serviços fechou com cinco vagas positivas (73 admissões e 68 desligamentos) e a construção civil teve saldo de oito vagas (17 admissões e 9 desligamentos).
Apesar do resultado mensal, o desempenho acumulado no ano segue positivo. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Talita Frizzo, até 13 de outubro Capinzal registrava 4.058 admissões contra 3.628 demissões, mantendo saldo favorável desde o início de 2025.
“Mesmo com oscilações mensais, o município continua com saldo positivo. Isso mostra que o mercado local tem se mantido estável e em crescimento ao longo do ano”, destacou Talita.
Para 2026, a Secretaria planeja ampliar as oportunidades de capacitação profissional por meio da oferta de cursos gratuitos em parceria com instituições como Senai, Senac e Sebrae. O foco inicial será o setor metalmecânico, que apresenta a maior demanda de mão de obra na região.
“Nós temos um projeto para o primeiro e o segundo semestre de 2026, com cursos e especializações voltados à formação profissional. O objetivo é qualificar e reter os trabalhadores nas empresas locais”, explicou a secretária.
A proposta prevê a realização de quatro grandes cursos ao longo do ano, todos gratuitos, com parte dos custos subsidiada pelo município. Talita reforçou que o principal intuito é reduzir a rotatividade e promover estabilidade e progressão de carreira aos trabalhadores de Capinzal.
Outro ponto destacado pela secretária é o andamento dos projetos na Área Industrial de Capinzal, que atualmente possui dez empresas instaladas — seis em operação e quatro em fase de aprovação ou construção. Há ainda cinco novos projetos em análise pela equipe técnica e pela INCOTUR.
A destinação dos lotes, conforme Talita, é exclusiva para o setor industrial, não sendo permitida a instalação de comércios ou prestadores de serviço. O principal incentivo municipal é o valor acessível dos terrenos, fixado em 17 reais por metro quadrado. A administração pretende realizar novos leilões já no início de janeiro para a ocupação dos lotes disponíveis.
Quanto à pavimentação da Área Industrial, uma demanda antiga, o município já garantiu 400 mil reais em recursos do Governo do Estado e aguarda a liberação de mais 1 milhão de reais para a conclusão total da obra.
“Nosso objetivo é tornar a área mais acessível e atrativa, criando um ambiente favorável para a instalação de novas empresas”, afirmou Talita. A expectativa é que as obras ocorram ainda no primeiro semestre de 2026.
Enquanto Capinzal apresentou queda, o município de Ouro encerrou setembro com resultado positivo na geração de empregos. Foram 62 admissões e 50 desligamentos, saldo de 12 vagas formais.
A indústria foi o setor que mais contratou, com 31 admissões e 26 demissões, seguida dos serviços, com 18 contratações e 18 desligamentos. A agropecuária registrou saldo de duas vagas (quatro contratações e duas demissões), a construção civil teve saldo de duas vagas (duas contratações e nenhuma demissão) e o comércio encerrou o mês com saldo de três vagas (sete contratações e quatro desligamentos).




