Nesta quinta-feira (30), o Plenário da Câmara de Vereadores de Capinzal é palco do julgamento do casal acusado do assassinato de Alexandre José Souza de Oliveira, ocorrido em julho do ano passado no centro de Piratuba. As acusações do Ministério Público incluem homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Presidido pela juíza Dra. Mônica Fracari, o julgamento teve início às 9h20min e conta com o promotor de Justiça Douglas Dellazari na acusação, auxiliado por Jackson Bahls Rodrigues, e os advogados Juliana Perotoni e Leocir Antônio Carneiro na defesa.

De acordo com a denúncia do MP, o casal atraiu Alexandre para um encontro no apartamento e, munidos de faca e martelo, cometeu um ato de extrema crueldade, resultando em lesões fatais que levaram à asfixia por esgorjamento da vítima. O local do crime foi estrategicamente escolhido para evitar a fuga da vítima, sendo um apartamento em um andar alto.

O assassinato, motivado por interesses financeiros, envolveu a transferência da propriedade do veículo da vítima para a acusada, seguida pela venda do carro e a compra de outro para o companheiro. As investigações revelaram que o casal continuou manipulando a identidade e os bens da vítima, até mesmo tentando obter empréstimos bancários em seu nome.

Após o crime, os acusados esconderam o corpo da vítima no banheiro do apartamento, levaram seu filho adormecido para a casa de um parente e, posteriormente, usaram um carrinho de supermercado para transportar o corpo até um veículo VW/Gol na garagem do prédio. O corpo foi então descartado na SC-390, em Linha Santana, interior de Ipira.

Para encobrir o assassinato, o casal empreendeu diversas ações de fraude processual, como a meticulosa limpeza do local do crime, alteração das evidências e remoção do corpo, tudo com o intuito de dificultar as investigações policiais e criar uma narrativa falsa em torno do incidente.