Justiça

Comarca de Tangará condena médico a 17 anos por esquema que burlava fila do SUS

  • Gabriel Leal
  • 14/11/2025 21:38
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O juízo da comarca de Tangará condenou um médico a 17 anos e seis meses de reclusão em regime fechado pelo crime de corrupção passiva. De acordo com a denúncia, ele participava de um esquema que burlava a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para antecipar cirurgias eletivas mediante pagamentos ilegais. Além da pena, o réu perdeu o cargo público e deverá pagar multa.

Entre 2017 e 2018, o médico atendeu 14 pacientes de forma irregular, cobrando valores que variavam entre R$ 300 e R$ 1.200 para priorizar procedimentos custeados pelo SUS.

As investigações, conduzidas no âmbito da Operação Emergência, revelaram que o esquema incluía negociações por telefone, uso indevido da estrutura hospitalar e até a emissão de autorizações de internação classificadas como emergenciais para justificar cirurgias imediatas.

Ao todo, o esquema envolvia 27 réus, incluindo médicos, empresários, agentes públicos e pacientes. Segundo o processo, uma das lideranças era responsável pela logística do esquema, realizando coleta de documentos, agendamento e organização dos pagamentos indevidos.

A sentença também determinou comunicação ao Conselho Regional de Medicina e reforço dos mecanismos de controle do SUS. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

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