Dia dos Namorados: psicóloga alerta para os desafios dos relacionamentos modernos e a importância do autoconhecimento
- Gabriel Leal
- 11/06/2025 09:42

Nesta quinta-feira, 12 de junho, celebra-se o Dia dos Namorados. Em alusão à data, o Jornal 102 entrevistou, na terça-feira (10), a psicóloga clínica Keila Morais, que atua há 13 anos na área.
Durante a conversa, Keila destacou as transformações nos relacionamentos ao longo do tempo, observando que os casais de hoje nutrem expectativas diferentes em relação à vida a dois, muitas vezes associadas à falta de autoconhecimento. Segundo ela, essa carência emocional pode dificultar a construção de vínculos mais saudáveis.
Ao ser questionada sobre o impacto das tecnologias — especialmente da internet —, a psicóloga reconheceu diversos benefícios, mas alertou para os riscos. De acordo com Keila, pessoas com baixa autoestima tendem a se comparar com os padrões idealizados das redes sociais, onde a maioria dos conteúdos é filtrada e exibe apenas momentos positivos, o que pode gerar frustração e insegurança.
Ela também citou uma frase comum nos relacionamentos: a ideia de que cada pessoa deve contribuir com “50%” na relação, deixando o restante para o parceiro. Para Keila, esse conceito é equivocado, visto que ambos devem se dedicar integralmente.
Sobre casais que decidem morar juntos logo no início do relacionamento, Keila ressaltou que essa decisão exige maturidade emocional, independência financeira e a construção gradual de uma nova realidade, levando em conta experiências familiares anteriores para evitar a repetição de padrões negativos.
A psicóloga também relatou que, com frequência, é questionada sobre a idade ideal para começar um relacionamento. Segundo ela, essa resposta varia de pessoa para pessoa, mas, em sua visão clínica, a maturidade emocional raramente está presente antes dos 21 anos.
Por fim, Keila recomendou que os casais façam avaliações periódicas da qualidade da relação, com atenção especial à comunicação. Ela reforçou que a terapia contínua é essencial para fortalecer vínculos afetivos, e que o ideal seria buscar esse apoio ainda antes da primeira paixão — ou, no mais tardar, logo após a primeira decepção amorosa.
Confira a entrevista a partir de 33 minutos na transmissão abaixo: