O Tribunal do Júri da Comarca de Concórdia condenou, nesta quinta-feira (11), um homem acusado de três tentativas de homicídio qualificadas contra policiais militares, além dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e desobediência. Somadas, as penas chegam a 45 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado, além de 25 dias de detenção em regime aberto. A decisão reconheceu a qualificadora de crime cometido contra agentes de segurança pública no exercício da função.

O julgamento iniciou às 9h e se estendeu até por volta das 18h30. Conforme apresentado ao Conselho de Sentença, o caso teve início quando o acusado foi flagrado dirigindo na contramão e recebeu ordem de parada, que desobedeceu. Ele então iniciou uma fuga em alta velocidade pela rodovia.

Durante a perseguição, mesmo com sinais sonoros, luminosos e bloqueios, o motorista avançou e, segundo o Ministério Público, tentou atropelar policiais militares em três ocasiões distintas. Os crimes não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do réu. A fuga só terminou quando o veículo colidiu com um barranco, próximo à entrada de Itá.

No interior do automóvel, os policiais encontraram uma arma de fogo, dois carregadores, 22 munições, uma pequena porção de maconha e R$ 4.201 em dinheiro. O homem foi preso em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva. Em depoimento, negou intenção homicida, alegando ter entrado em pânico durante a abordagem.

O réu foi condenado por três tentativas de homicídio qualificadas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e desobediência. O processo tramita em segredo de justiça.