Idoso é preso no RS suspeito de matar namorada e deixar parte do corpo em mala de rodoviária
- Gabriel Leal
- 05/09/2025 10:22

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 5 de setembro, Ricardo Jardim, publicitário de 65 anos, investigado pelo assassinato e esquartejamento da namorada, de cerca de 50 anos, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Parte do corpo da vítima teria sido deixada pelo suspeito dentro de uma mala no setor de guarda-volumes da rodoviária da cidade.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu em 9 de agosto. Quatro dias depois, braços e pernas da vítima foram encontrados em sacos de lixo no bairro Santo Antônio, em um ponto sem câmeras de segurança. Já no dia 20, Ricardo foi registrado por câmeras enquanto deixava a mala na rodoviária. O tronco só foi descoberto 12 dias depois, quando funcionários da rodoviária perceberam o forte odor vindo da bagagem e acionaram a polícia.
Para tentar não ser identificado, o suspeito utilizava boné, óculos, luvas e máscara cirúrgica. Mesmo assim, foi reconhecido ao ser flagrado em outro local, onde abaixou parcialmente a máscara, revelando parte do rosto.
Em coletiva à imprensa, o delegado Mario Souza, responsável pelo caso, descreveu o suspeito como “extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”, classificando-o como psicopata. Segundo o delegado, o crime teria sido cometido com a intenção de desafiar a sociedade e a polícia.
As investigações apontam ainda que Ricardo criava perfis falsos na internet, usando imagens geradas por Inteligência Artificial para atrair mulheres. A polícia também apura a possibilidade de um segundo crime, já que o crânio da vítima ainda não foi localizado.
Henrique Zamora Rodrigues, supervisor do setor de guarda-volumes da rodoviária, contou que a mala havia sido marcada para retirada por outra pessoa. Como não houve contato e o cheiro se tornou insuportável, a mala foi encaminhada para descarte, momento em que o tronco foi encontrado.
A Polícia Civil continua investigando a eventual participação de terceiros no crime. “Estamos apurando se ele agiu sozinho ou se contou com a ajuda de outras pessoas em qualquer etapa do crime”, explicou o delegado.