Cultura

Historiadora aprofunda a história da independência do Brasil

  • Gabriel Leal
  • 02/09/2025 14:42
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Com a chegada da Semana da Pátria, compreender o contexto histórico da independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, torna-se essencial. Para abordar o tema, o Jornal 102 entrevistou nesta terça-feira, 2 de setembro, a educadora Christiane Barossi.

Graduada em Geografia e História, com especializações em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares (ênfase em História) e em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, além de mestra em Educação e atualmente doutoranda na área, Christiane atua como coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental – anos finais, na Secretaria de Educação de Capinzal.

Durante a entrevista, ela destacou que a independência foi muito mais que o famoso grito às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo. “Foi um processo complexo, marcado por fatores internos e externos”, explicou.

Christiane relembrou a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, após as invasões de Napoleão Bonaparte em Portugal. Segundo ela, a transferência da corte ocorreu porque os portugueses descumpriram o bloqueio continental imposto por Napoleão, que visava enfraquecer a Inglaterra. Uma das primeiras medidas de Dom João VI no Brasil foi a abertura dos portos às nações amigas, rompendo com o pacto colonial que obrigava a colônia a negociar exclusivamente com Portugal. Para a educadora, esse foi um passo decisivo rumo à independência.

Ela também lembrou que, em 1815, com a saída dos franceses de Portugal, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves, deixando de ser colônia. Posteriormente, diante da pressão para que retornasse a Lisboa, Dom João VI voltou a Portugal, deixando o filho, Dom Pedro I, no Brasil. O príncipe recusou as ordens de regressar, protagonizando o episódio conhecido como Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822. Meses depois, já em São Paulo e novamente pressionado pelas Cortes portuguesas, Dom Pedro proclamou a independência, em 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga.

Apesar da conquista, a educadora ressaltou que o país demorou a avançar em pautas sociais. “O Brasil foi um dos últimos a abolir a escravidão, que perdurou por mais de 300 anos, e ainda hoje enfrentamos desafios quanto aos direitos sociais, dos povos nativos e da população negra”, ponderou.

Ouça:

Abertura da Semana da Pátria em Capinzal

Com o tema “Diversidade Cultural e Regional do Brasil”, a Prefeitura de Capinzal, por meio da Diretoria de Educação, Cultura e Esportes, realizou na manhã desta segunda-feira, 1º de setembro, a abertura oficial da Semana da Pátria.

O Ato Cívico ocorreu em frente ao Centro Administrativo Municipal e reuniu autoridades, representantes das forças de segurança, entidades, vereadores, secretários, educadores, estudantes e a comunidade.

A cerimônia iniciou com a execução do Hino Nacional e do Hino a Capinzal, interpretados pela professora Diana Cássia Constantini Nora, com acompanhamento do Sexteto da Banda Municipal, coordenado pelo professor Carlos Alberto da Silva. O hasteamento das bandeiras foi conduzido pelo prefeito Aguinaldo Pedro Paggi, pelo vice-prefeito Tiago de Oliveira Luz, pelo presidente da Câmara Kelvis Borges e pelo soldado Fernandes, representando o Corpo de Bombeiros Militar.

Como parte da programação, estudantes das redes municipal, estadual e particular produziram podcasts, que serão veiculados em rádios locais. Representando simbolicamente os alunos, a estudante Eloisa Terra, da Escola Municipal Viver e Conhecer, recitou o poema “O Grito”.

O ato foi encerrado com a interpretação do Hino da Independência, novamente sob a voz da professora Diana, acompanhada pelo Sexteto da Banda Municipal.

As atividades seguem no domingo, 7 de setembro, com o tradicional toque da Alvorada, às 6h, e, a partir das 9h, no Ginásio Municipal Dileto Bertaiolli, com apresentações da Banda, Coral e Fanfarra municipal, além de atividades com as escolas.

Semana da Pátria em Ouro

Em Ouro, a programação traz uma novidade neste ano: além do tradicional ato cívico no centro da cidade, será realizado o primeiro desfile cívico no Distrito de Santa Lúcia.

Segundo o diretor de Cultura, Laudemir Rech, as atividades serão divididas em dois momentos. Na sexta-feira, 5 de setembro, ocorrerá o Ato Cívico na Praça Pio XII, a partir das 8h, com a participação das escolas e apresentações artísticas.

Já no sábado, 6 de setembro, acontece o desfile cívico em Santa Lúcia, com a participação da Escola de Educação Básica Frei Crespim, rede municipal, Fanfarra Municipal, entidades, agricultores familiares, escolas e empresas locais.

O diretor da escola, Fábio Coronetti, informou que o desfile terá início às 14h, nas proximidades do cemitério da comunidade, seguindo até a área próxima à escola. Toda a comunidade está convidada a prestigiar o evento, que busca resgatar tradições, valorizar a história e fortalecer o sentimento de união.

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