A apendicite aguda é uma inflamação do apêndice, estrutura localizada no início do intestino grosso, no lado inferior direito do abdômen. Trata-se de uma das principais causas de cirurgia abdominal de emergência.

Para esclarecer os sintomas, os riscos e a importância do diagnóstico precoce, a reportagem da Capinzal FM conversou com o médico Cícero Batista, do Hospital Nossa Senhora das Dores. De acordo com ele, o apêndice integra o sistema imunológico do corpo humano, embora sua função no organismo adulto ainda não seja totalmente compreendida.

O médico explica que, geralmente, a dor se inicia ao redor do umbigo e migra para o lado inferior direito do abdômen, intensificando-se ao caminhar, tossir ou ao apalpar a região. Além da dor, outros sintomas comuns incluem náuseas, vômitos, febre, perda de apetite, diarreia ou constipação.

Segundo Cícero, a causa mais frequente da apendicite é a obstrução do apêndice por fezes ou alimentos mal digeridos. Outras causas possíveis incluem linfonodos inchados, corpos estranhos ou infecção bacteriana.

Ele alerta que, na ausência de intervenção médica — geralmente por meio de cirurgia — o apêndice inflamado pode se romper, liberando bactérias na cavidade abdominal e provocando complicações graves, como a peritonite.

O diagnóstico é feito com base nos sintomas e confirmado por exames complementares, como a ultrassonografia ou a tomografia. O tratamento mais comum é a apendicectomia, cirurgia que pode ser realizada de forma convencional ou por videolaparoscopia. Em casos menos graves, o médico cita estudos que indicam a viabilidade do tratamento com antibióticos.

Cícero reforça que dores abdominais intensas exigem avaliação médica imediata. Ele finaliza recomendando uma dieta rica em fibras — com frutas, legumes e grãos integrais — como forma de prevenção.

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